A cidade de
Andaraí, no Território da Chapada Diamantina, acaba de dar um passo importante
na democratização de sua gestão cultural: a instalação do Conselho Municipal de
Cultura. O órgão possui 12 integrantes, com seus respectivos suplentes, em um
modelo paritário entre sociedade civil e representantes do poder público.
Durante o segundo
encontro dos conselheiros, ocorrido na última quinta-feira, 01, o regimento
interno do órgão foi aprovado. Na ocasião, foi definido que durante os dois
primeiros anos o órgão será conduzido pelo gestor de cultura do município,
Emílio Carlos Tapioca, que assumirá o cargo de presidente da instituição. O
posto de vice-presidente será ocupado após eleição destinada aos integrantes do
órgão que são oriundos da sociedade civil.
Tapioca é
vice-presidente do Conselho Estadual de Cultura e levará sua experiência à
condução do órgão em Andaraí. Ele assegura que a cidade passa agora a ter sua
própria instância de escuta social. Além disso, espera-se que o Conselho seja
fortalecido para ser possível, após os dois anos iniciais, entregar o cargo de
presidente a um representante da sociedade civil.
Dentre as ações já
definidas está o cronograma das oficinas de capacitação dos conselheiros para
que se comece a elaboração do Plano Municipal de Cultura, prevista para o dia
05 de outubro. “Os membros do Conselho terão o papel de ouvir as demandas dos
segmentos culturais, além de fiscalizar a aplicação dos recursos destinados à
pasta e mediar a relação entre a sociedade civil e governo”, assegurou.
SISTEMA – A criação do Conselho
Municipal de Cultura de Andaraí foi possível a partir da aprovação, em março
deste ano, do Projeto de Lei 164/16, que assegura a implantação do Sistema
Municipal de Cultura (SMC). É por meio do SMC que o município consegue
estruturar sua gestão cultural baseada em mecanismos como o Conselho de
Cultura, o Plano de Cultura e o Fundo de Cultura, tríade conhecida como o CPF
da Cultura.
Eleita para
representar o segmento de Linguagens Artísticas, a conselheira Marina Fraga,
que também faz parte do quadro do Conselho Estadual de Cultura, destaca a
participação da sociedade civil nesse processo de fortalecimento das políticas
públicas do setor.
“A instalação do
Conselho é um grande passo para a constituição da cultura como direito do povo.
No momento atual, em que muito do que foi conquistado pode se perder, a criação
deste órgão é um exemplo de resistência”, afirma.
A conselheira
assinala que o município de Andaraí é um grande celeiro de produções culturais,
tanto no âmbito popular como nos segmentos. Por isso, a participação da
sociedade civil no Conselho será mais uma ferramenta no constante cenário de
ebulição cultural.
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