Foto: Ascom/CEC
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experiências e investir na formação continuada de conselheiros e conselheiras
de cultura. Esses são dois desafios a serem vencidos pelos agentes culturais
que participaram do III Fórum de Conselhos Municipais de Cultura, evento
organizado pelo Conselho Estadual de Cultura entre os dias 09 e 10 de agosto,
no Centro de Cultura Amélio Amorim, em Feira de Santana. A reunião integrou a programação
do III Encontro de Políticas e Gestão da Cultura, iniciativa da Secretaria
Estadual de Cultura (SecultBA).
Cerca
de 30 integrantes de Conselhos Municipais de Cultura de diferentes regiões da
Bahia participaram do encontro no segundo dia, quando puderam ser discutidas
alternativas para aprimorar o trabalho dos órgãos. À frente da mediação do
debate estava a conselheira estadual de cultura Ana Vaneska, em parceria com
outros integrantes do Conselho Estadual de Cultura, como o presidente e o vice-presidente,
Márcio Ângelo Ribeiro e Emílio Tapioca, respectivamente.
O
passo inicial para o diálogo foi levantar demandas apresentadas nas duas
edições anteriores do evento, em 2013 e 2014. Há dois anos, por exemplo, foi
apontada a necessidade de buscar estratégias de manutenção do Fórum de
Conselhos, entidade que precisa ter canais de comunicação facilitadores na
troca de informações entre Conselhos Municipais de Cultura e o Conselho
Estadual de Cultura.
Para
contribuir no avanço dessa pauta, houve uma coleta de dados dos que estavam
presentes na reunião. A meta é criar, a partir dessas informações, um processo de comunicação integrada entre
conselheiros e conselheiras. Um modelo de trabalho desse tipo foi apresentado
no evento pelo conselheiro de cultura Pawlo Cidade, que ministrou a palestra “O
papel do conselheiro municipal de cultura”. Ele é responsável pela criação do blog
Conselhos Municipais de Cultura da Bahia (conselhosdeculturanabahia.blogspot.com.br),
tido como instrumento que caminha na lógica do compartilhamento de informações.
CAPACITAR – Outro desafio citado nos fóruns anteriores é a importância de
capacitar os integrantes de Conselhos Municipais de Cultura. Porém, não apenas
a formação técnica necessária à compreensão dos Sistemas Municipais de Cultura,
e sim, um programa que tenha como alicerce o aprimoramento continuado e que
envolva o fomento de valores na sociedade contemporânea.
“É
preciso encarar o fato de que, dentro dos conselhos, ainda existem membros com
posicionamentos machistas, racistas e homofóbicos. Por isso, o processo de
capacitação deve ir além do óbvio e abordar aspectos cruciais à formação dos
sujeitos”, completou Ana Vaneska.
Para
a conselheira Ivanilde Ferreira, que representa a Secretaria Estadual de
Educação no Conselho Estadual de Cultura, a formação de um memorial de
experiências é crucial na avaliação e elaboração de estratégias na implantação
das políticas públicas de cultura. Por isso, é fundamental ter espaços de
comunicação que permitam a troca entre agentes culturais atuantes em diferentes
regiões da Bahia. “O passado, através da memória, é o melhor guia às
realizações futuras”, aconselhou.
PRÓXIMO – No evento, foi iniciado
também o diálogo a respeito das demandas que devem ser estruturadas para a
realização do IV Fórum de Conselhos Municipais de Cultura. A ideia é que os
integrantes se articulem para que reuniões sejam viabilizadas ao longo do ano. “Nesse
processo, é importante termos representatividade do maior número possível de territórios”,
assinalou Ana.
O
presidente do Conselho Estadual de Cultura, Márcio Ângelo Ribeiro, aproveitou a
ocasião para apontar a importância de se buscar meios de fortalecer o Fórum de
Conselhos. “A gestão da Cultura precisa ser participativa, com ação efetiva da
sociedade civil. Fortalecer essa instância de debate é ampliar as chances de
termos políticas públicas eficazes nesse setor”, finalizou.
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Conselho Estadual de Cultura – assessoria de comunicação
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